quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Acompanhamento Terapêutico (AT)

Veredas Psicológicas está promovendo em Fortaleza o curso sobre Acompanhamento Terapêutico, que ocorrerá nos dias 01, 02 e 03 de Novembro e será facilitado pela Profa. Marcele de Freitas Emerim (Doutoranda da Universidade Federal de Santa Catarina, coordenadora e professora do curso de Acompanhamento Terapêutico do Instituto Muller-Granzotto em Florianópolis). 

Mas você sabe o que é Acompanhamento Terapêutico (ou "AT", para os íntimos)?

O paradigma contemporâneo de atendimento em saúde mental é constituído por um fazer psicossocial. 

Assim, o processo terapêutico funciona como uma estratégia que supera a simples passagem do paciente dos estados de “desabilidade/incapacidade” para os estados de “habilidade/capacidade”, passando a ser um fazer global, múltiplo, ético e solidário, ajudando as pessoas a se ajustarem aos seus afazeres cotidianos, viabilizando o melhor nível de autonomia possível para a vida em comunidade.


E esta é exatamente a proposta do Acompanhamento Terapêutico!

O AT se caracteriza por ser uma terapêutica que se faz em movimento, daí o termo “acompanhamento”. O AT pode se fazer pela prática de saídas pela cidade ou de estar ao lado da pessoa em dificuldades psicossociais. Mas não basta dizer que o AT ocorre na rua, ou na casa do paciente (isto caracterizaria o que chamamos de atendimento domiciliar).


O AT, na verdade, pode passar por vários lugares sem se fixar, seguindo a espontaneidade da relação com o paciente, exercitando uma escuta clínica, com a intenção de se montar um guia terapêutico para desinstalar o indivíduo de sua situação de dificuldade, tentando criar algo novo na sua condição, para que possa articular-se novamente em seu espaço social, exercendo seu direito à cidadania.


Seguindo o desafio da consolidação de uma rede de atendimentos mais atualizada, antissegregacionista, voltada para possibilitar novas perspectivas de vida ao indivíduo portador de sofrimento psíquico, o AT é um fazer interdisciplinar. Pode se associar como uma estratégia a mais em serviços tais como os Centros de Atenção Psicossocial (os CAPS) e os Ambulatórios de Saúde Mental, e, mesmo, os serviços de internação, caracterizados pela prática multiprofissional e articulados a saberes de Enfermagem, Medicina, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.


"Esta proposta é contrária à visão de uma simples adaptação do indivíduo à sociedade. É necessário que uma intervenção terapêutica o convide a sustentar sua diferença, sem precisar excluir-se do social. Daí, a consideração de que o trabalho clínico no AT deva conduzir o tratamento de forma tal que o sujeito siga o caminho que lhe seja próprio - mantendo-o, ao mesmo tempo, dentro dos limites cabíveis da cultura.”



Que casos podem precisar de AT?

- Urgências psiquiátricas
- Descompensações psicóticas
- Risco de suicídio
- Depressão, Síndrome do Pânico, Transtornos Alimentares
- Doenças terminais
- Demência vascular ou Alzheimer, perdas cognitivas ou neurológicas
- Clínica oncológica
- Toxicomanias, alcoolismo
- Autismo
- Clínica infantil


E aí? Que tal aprofundar mais os conhecimentos sobre essa prática ainda tão pouco difundida aqui no Ceará? 




Fontes do texto:




Um comentário:

  1. Descobri bastante coisa de AT aqui no blog! Recomendo! Sou AT em Porto Alegre, meu serviço está em: http://www.acompanhanteterapeutico.poa.br/

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